Descrição.
Doença de Crohn e Colite Ulcerativa são doenças crônicas, classificadas como Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), de causa ainda desconhecida, mas envolvido com o sistema imunológico, com fatores ambientais e tendência genética e que ainda não tem cura.
Epidemiologia.
Doenças Inflamatórias Intestinais afetam qualquer pessoa indiferentemente da raça, sexo ou idade, mas geralmente diagnosticado entre os 15 a 25 e 45 a 55 anos. Mais frequente em grandes centros urbanos e países desenvolvidos, como na América do Norte e Norte Europeu e menos na Europa Central, Oriente Médio e Austrália, e menos ainda na Ásia e África. Além disso, pesquisas revelam que DII cresceram 15 vezes nas últimas décadas nos grandes centros urbanos.
Sintomas.
Os sintomas são bem parecidos mas podem atingir diferentes partes do aparelho digestivo. O tratamento é praticamente o mesmo mas é preciso ater pra ter o melhor tratamento e acompanhamento médico. A Doença de Crohn envolve todo o aparelho digestivo e pode transpassar a parede do intestino e afetar outros órgãos, o que geralmente causa a fistula, enquanto a retocolite ulcerativa restringe-se apenas ao cólon e quando a doença está ativa (em crise) a mucosa intestinal torna-se maciçamente infiltrada por células inflamatórias e é afetada por úlceras. Os sintomas mais comuns são diarreia, constipação, abdômen distendido, perda de sangue e muco nas fezes, cólicas, câimbras no estômago, em alguns casos mais sério, má absorvição de alimentos, febre, fraqueza e cansaço, perda de apetite e peso, vômitos, além de atingir as articulações, a pele e os olhos.
Diagnóstico.
O diagnostico é feito através de exames como colonoscopia com biopsia, endoscopia e tomografia contrastada. Exames de sangue são eventualmente necessários para verificar o nível de inflamação durante o tratamento.
Tratamentos.
Como as DII’s ainda não tem cura, o tratamento é feito para chegar a remissão e manter com medicamentos aminossalicílicos, biológicos, anti-inflamatórios. Os mais usados são Mesalazina, Azatioprina, Infliximab, Adelimumab, Sulfasalazina, Prednisona e até Corticoides, com um valor de R$60,00 a caixa com 30 comprimidos até R$4 mil reais a dose, MAS, todos são disponibilizados pelo SUS gratuitamente, em farmácias de alto custo, que eu pretendo falar em breve.
Alimentação.
Outro fator muito importante é a alimentação. Portadores de DII podem desenvolver uma maior intolerância a lactose. Devem evitarem refrigerantes, café, frituras, frutos do mar, carnes gordurosas, pimenta. Controlar a quantidade de fibras, que podem irritar o intestino causando uma crise e/ou aumentando um dos sintomas. Vale ressaltar que cada portador pode apresentar uma reação diferente há certos alimentos do que outros pacientes. É importante prestar atenção ao que é digerido, se fizer mal, evite-o.
Restrições e recomendações.
Bebidas alcoólicas e cigarros devem ser evitados, tomar muito líquido para se hidratar, principalmente nas crises, comer frutas sem cascas e legumes cozidos. Aceite isso, se acostume e terá uma vida bem saudável. Atividades físicas são permitidas e até recomendadas.
Intervenções.
Todos os anos, uma em cada cinco pessoas com doença de Crohn são hospitalizadas, e cerca de metade dos pacientes irá eventualmente necessitar de uma cirurgia num prazo de dez anos. Embora o recurso à cirurgia seja usado com a menor frequência possível, por vezes, é necessário remover alguns abcessos, obstruções intestinais ou parte do intestino e colocar uma bolsa de colostomia.
A maioria dos casos leves e moderados são controlados pela medicação e dieta. A taxa de mortalidade é de 15% em 30 anos com a doença. No entanto, pode ser muito debilitante para alguns pacientes.
Meu caso, como exemplo, me cuido, faço o tratamento correto, melhorei minha alimentação mas tem dias que não acordo bem. Quantas vezes deixei de sair ou fazer o que gosto por estar com dor e não querer sair de casa. Além de tomar a medicação, ter restrições, acordar várias vezes durante a noite pra ir ao banheiro com dor e não conseguir dormir direito, pode facilmente afetar o psicológico, sendo necessário ter consultas com psicólogos.
O emocional é muito importante também. Talvez o mais entre tudo no tratamento. Lembre -se que nossa saúde é apenas o reflexo do estado da nossa mente. Então, cuide dela também.
A primeira descrição científica da doença ocorreu em 1913, pelo escocês Dazliel; mas só foi largamente reconhecida quando Burrill Crohn descreveu vários casos em 1932.
Todas essas informações são um breve resumo sobre as DII’s, com o tempo irei escrever sobre cada um desses tópicos especificamente.
Fonte de referencia:{" "} Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn.