Junto com o diagnóstico de uma DII, podemos ter uma série de restrições quando estamos em crises ou que devemos seguir se quisermos evita-las. Muitas vezes são coisas que adoramos e achamos que fará uma grande falta, porque estamos acostumados. No começo é difícil mas depois de seguir as restrições, os benefícios a média e longo prazo são nítidos em nossas vidas e rotina.

Principalmente em termos alimentares. Não poder ingerir lactose e derivados, fritura, refrigerante, aquele café quente bem cedo pra acordar, não poder aproveitar uma cerveja gelada com os amigos numa sexta feira anoite, depois do trabalho. Não poder comer o chocolate que ganhamos do namorado ou dividimos com a namorada. Não poder fumar ou ingerir bebidas alcoólicas num bar ou festa durante a noite, quando se tem o hábito.

Mas será realmente que tudo isso nos faz falta? No começo sim, é claro, mas é questão de costume. Vivemos numa sociedade com padrões e hábitos que somos apresentados desde sempre. A maioria não são saudáveis e não precisamos deles.

Eu tomo leite de soja e até acho melhor, não é difícil encontrar chocolates, iogurtes, sem lactose com o mesmo gosto. Prefiro chá do que café. Como mais frutas, sem casca, pratico exercícios. Evito comer carne em excesso por questão de saúde e ideologia. Até gostava de cerveja mas agora fico no suco natural ou água quando saio com meus amigos e nunca mais acordei de ressaca. Não posso reclamar disso, é fácil ver o lado positivo das restrições. E percebemos que não vale a pena cair em tentação quando comemos o que não devemos e passamos a noite nos revirando pra dormir ou no banheiro por causa das dores.

Não temos restrições em nossos hábitos mas é bem difícil sair de casa, passar muito tempo fora em lugares desconhecidos, principalmente quando estamos em crises. Não sabemos quando vamos precisar atender o chamado da natureza, que por sinal, gosta muito da gente. Pessoalmente, eu não tenho animo pra sair quando estou num dia mal, mas me cuido para evitar. E quando estamos melhores, podemos ter uma vida normal, sim, viajar, passear, ir em eventos, baladas, shows, bares, não custa tomar algum remédio pra evitar as dores, como pantoprazol, omeprazol, buscopan (com prescrição do seu médico) e localizar o banheiro mais próximo nos lugares.

Devo ressaltar que essa restrições são em épocas de crise. Algum alimento pode afetar mais algumas pessoas do que outras, depende de cada organismo e estágio da doença. Se com o tempo você não sentir desconforto comendo alguma dessas coisas, provavelmente não terá nenhum problema em seguir com isso. A tendência dos portadores é passar a ter intolerância a lactose e esses outros alimentos, em excesso, agridem qualquer intestino.

Enfim, com tanta preocupações nos nossos dias, contas, trabalho, stress, estudos, responsabilidades, falta de tempo, esquecemos que o que não é normal é não termos saúde. Já nos basta ter uma doença auto-imune, devemos nos cuidar e ter uma vida mais saudável e nos sentirmos melhores do que pessoas sem essa preocupação.